Em um mundo onde a informação está ao alcance de todos, é surpreendente descobrir que muitas adolescentes ainda não usam preservativos regularmente. Mas por que isso acontece? Será que é falta de informação, pressão social ou simplesmente uma escolha pessoal?
Um estudo recente mergulhou profundamente nessa questão, buscando entender as razões por trás da não adesão ao uso de preservativos entre adolescentes e as consequências dessa escolha.
A adolescência é uma fase de descobertas e experimentações. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa etapa da vida ocorre entre os 10 e 19 anos de idade. É um período em que muitos jovens começam a explorar sua sexualidade, muitas vezes de forma impulsiva. No entanto, essa impulsividade pode levar a consequências indesejadas, como gravidezes não planejadas e a exposição a doenças sexualmente transmissíveis.
O estudo revelou que a maioria das adolescentes entrevistadas são solteiras, se identificam como pardas, possuem baixa escolaridade e vivem com os pais. Em relação à sua vida sexual, quase metade delas admitiu usar preservativos apenas ocasionalmente. Além disso, muitas delas receberam orientação sexual de amigos, o que pode não ser a fonte mais confiável de informação.
Mas o que realmente chama a atenção é o fato de que, mesmo com campanhas de conscientização e programas de planejamento familiar disponíveis, ainda há uma grande incidência de gravidez e DSTs entre adolescentes. Isso sugere que, além da falta de informação, pode haver outros fatores em jogo, como a objeção do parceiro ao uso do preservativo e a percepção de efeitos colaterais dos métodos contraceptivos.
O estudo conclui que é essencial investir ainda mais na educação sexual dos adolescentes. Não apenas fornecendo informações, mas também promovendo uma reflexão sobre as consequências de suas escolhas e respeitando sua capacidade de tomar decisões informadas.
Em um mundo em constante mudança, é vital que os jovens estejam equipados com o conhecimento e a confiança para tomar decisões saudáveis e seguras sobre sua saúde sexual.
Fonte: Saúde em Redes, 2015, Vol. 1, Ed. 4, p. 75-83. Autores: Maria Regina Bernardo da Silva, Márcia Esequiel dos Santos e outros.